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Marketing de Conteúdo


Todo mundo faz e não sabe

O cliente começa a reunião falando que conteúdo é o mais importante.

A fala, que era sua, para dar início a todos os seus argumentos, já foi usada nos primeiros 30 segundos. Ótimo, agora é só definir os temas macro e os detalhar no cronograma de postagens.

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Após segundos de silêncio, o cliente retoma: vamos falar sobre o que, me digam? Vocês são os especialistas.

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Então… A reunião começou agora.

Daí vem a grande questão para mim: como explicar a importância do conteúdo para atingir as fases do marketing digital – assimilação, atração, arguição, ação, apologia – sem repetir termos técnicos que só dificultam o entendimento? Como dizer, sem ferir suscetibilidades, que as informações de horários de funcionamento, serviços oferecidos, equipe “prata da casa” e depoimentos de seus próprios clientes mega satisfeitos são legais, mas não vão gerar o retorno desejado? Seja em likes, curtidas ou receitas mensais com mais de seis dígitos?

Serão várias reuniões, nas quais as pessoas que decidem precisam estar, para falarmos sobre o universo de desejos e aspirações do público-alvo, que agora dividimos em personas, para melhor entender como conversar com elas sobre seus interesses. Para captar aqueles 4 segundos de atenção no feed ou o reencaminhar o e-mail ou entrar, espontaneamente, no funil de compras.

COMO GRANDES MARCAS FAZEM O MELHOR MARKETING DE CONTEÚDO?

Isso não tem sido fácil, mas quando os decisores entendem isso e apostam no trabalho do marketing de conteúdo, eles próprios percebem que as pessoas querem deixar de ser clientes e passar a fazer parte da mega luxuosa categoria de fregueses, na melhor ideia de pertencimento que essa palavra traz. Essa pessoa quer sentir que a marca entende o que ela pensa e por isso oferece informações tão valiosas para suas tomadas de decisão. São tantas opções e tantas escolhas que temos que fazer o tempo todo, que é muito bom quando a gente vê números, imagens, vídeos, que respondem às nossas dúvidas mais íntimas… É tão bom viver a fluidez da vida com quem lhe acompanha por ela, como essas marcas queridas que recebem defensores aos milhares.

Essas marcas desenvolveram uma linha editorial com intimidade com o público. Falam sobre coisas comuns tendo um olhar próprio. Entenderam como trazer proximidade, porque se interessam por pessoas, pelos sentimentos, pelas angústias, pelas vitórias, pelos aprendizados.

COMO FAZER ESSE TIPO DE AÇÃO NA PRÁTICA?

Talvez a maior dificuldade seja transformar tudo isso em texto, em imagem, em sons, texturas, tudo isso demanda tempo. Como em todo relacionamento, é preciso falar e ouvir.

Mas, já que atualmente tempo é um dos itens mais escassos, a marca pode cair no engano de que só as informações básicas precisam constar. Precisam, mas não é atrás dela que o heavy user está. E, para entender o que o heavy user da sua marca procura, precisamos sentar e conversar. Você tem tempo para isso?

Autora: Virgínia Paschoal – Sócia e Diretora Executiva da Newtab

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